Cinco Livros pra Cair na Estrada.

Cinco Livros pra Cair na Estrada.

  

Viajar é mais um estado de espírito do que ir de um lugar pro outro. OK, exageros a parte, o fato é que, uma mente bem preparada aproveita muito mais cada parada do trajeto e desfruta cada centímetro do caminho. Então a lista que fiz não vai traçar o seu percurso, mas vai colocar você com o pé na estrada.

 

 

vagabundos-iluminadosVagabundos Iluminados (The Dharma Bums, 1958 )

Jack Kerouak é quase idolatrado por conta do clássico Pé na Estrada (On the Road). Lançado em 57, dizem que foi responsável pelo surgimento de The Doors e Bob Dylan. Mas o livro que esta na minha lista é outro. Vagabundos Iluminados nos mostra uma geração beat  ligeiramente diferente. Ray Smith, aprendiz de escritor e Japhy Rider, um jovem zen-budista e de ideais anarquistas, vivem em meio a jazz e sutras, entre poetas e monges, entre orgias e meditação, aproximando o terreno do sagrado, entre montanhismo e viagens. Um Kerouak cheio de sabedoria zen, e uma lição de amor pela vida.

 

zen-e-arte-de-manutencaoZen e a Arte de Manutenção (Zen and the Art of Motorcycle Maintenance: An Inquiry into Values, 1974)

Robert M. Pirsig foi às raias da loucura procurando definir a qualidade. No livro, enquanto cruza os EUA de moto com seu filho, ele discute e constrói conceitos sobre o que ele chama de Metafísica da Qualidade. O zen entra como uma nova janela para ver o mundo, através da não-conceitualização e/ou não-intelectualização das coisas. Filosofia, ciência, espiritualidade sobre duas rodas, com o asfalto passando bem debaixo dos seus pés. Ponto alto? Talvez a frase “o caminho é mais importante que o destino”, talvez.

 

musashi-capaMusashi

Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin? Hyoho Niten Ichi Ryu Kenjutsu? Gorin No Sho? Pode parecer estranho, mas um dos melhores livros sobre viagens conta a historia do maior samurai da história do Japão. Myamoto Musashi, ou só Musashi (1584-1645) viajou através do seu país travando duelos que o levassem à perfeição da técnica. Sobrevivendo a mais de 60 duelos de vida ou morte. O livro foi escrito por Eiji Yoshikawa na forma de folhetim num jornal japones diariamente entre 1935 e 1939. Duelos de samurais, romance oriental, um jovem no caminho para se tornar o maior espadachim de todos! Ah, viajando pelo Japão medieval. Precisa mais?

 

sete-anos-no-tibetSete anos no Tibet (Seven Years in Tibet, 1953)

Heinrich Harrer, alpinista austríaco, fugiu de um campo de prisioneiros na Índia, atravessou a cordilheira do Himalaia para chegar à cidade proibida de Lhasa, capital do Tibete. O livro narra como ele, e seu amigo Peter Aufschnaiter, durante os anos de 1944 a 1951 sobreviveram à escapada, às dificuldades da travessia, e por fim, como Harrer chegou a ser amigo e conselheiro pessoal de Vossa Santidade o Dalai Lama, na época apenas uma criança. O livro não tem a historia de amor do filme, mas é um retrato mais real de uma viagem fantástica.

 

 

o-hobbitO Hobbit (The Hobbit, 1937)

No final da década de 20, J.R.R. Tolkien rabiscou num pedaço de papel no trabalho: Em um buraco no chão vivia um hobbit. Começava assim a escrever a maior saga de fantasia medieval jamais concebida. Depois viriam O Senhor dos Anéis, O Silmarillion, Os Contos Inacabados. Mas tudo começou ali, no Hobbit. Viagens a pé, a cavalo, as vezes nas costas de uma águia gigante. Pode até parecer infantil, mas é nele que aprendi que depois se coloca o pé na estrada, não se sabe onde ela pode levá-lo.

 

Seu livro não está aqui? Sugere ai nos comentários…

 

Inauguração

Inauguração

 

Pois não!? O que vai ser? Pode puxar um banco e ficar a vontade. Desculpa a demora, mas sabe como é, sempre uma correria na hora de abrir o buteco. A idéia da casa é servir a você um ambiente meia luz, com uma boa trilha sonora, sinuca, um sofá de canto, uma mesa com amendoim salgado e cerveja gelada. É pra se sentar e relaxar. Pode acender um cigarro, ou fumar da narguile na mesa, quem sabe o que se fuma dali? Pode esticar a perna na almofoda, e saca a contra luz do teto. Liga para os amigos, chama todo mundo. Os mano, as mina. A conversa é sobre o dharma, o tao do jung, um cara chamado Jack e seus vagabundos iluminados. Pode contar sua última viagem, seu último livro, sua última estória. A casa é sua, é nostra!

 

            Os garçons da casa são:

 

henriquetiomey – henrique tem apelido asiático, mas é um viking que saiu das terras nórdicas pra se perder no abrazador centro brasileiro. De repertório musical e biblioteca seletos, ele trás ainda na sua bandeja, HQ’s e filmes de primeira qualidade.

 

 

 

dscf4166-menor-pbmaozen – mauricio, ou mao, vagou pelo mundo das letras e da comunicação antes de chutar o pau da barraca e cair no mundo. Atualmente carrega a sua bandeja numa biblioteca perdida do norte de Moçambique. Tenta tocar violão e inventar uma boemia solitária.

 

 

 

            Quer que a gente leia um livro? É pra ouvir uma música? Quer dividir um filme? Uma estória? Pode pedir que, um dos dois garçons te atende rapidinho. Se a cerveja não tá gelada, a gente troca, e se tá na hora de um uísquezinho, a gente traz. É só pedir!

 

            Só não esquece de deixar a gorjeta ai no espaço abaixo, pode ser?

            Tudo certinho então? Obrigado pela visita e volte sempre!